sábado, 6 de novembro de 2010

VERBORRAGIA

É tempo de não mais querer: apenas ser
Em mim, não mais a face projetada
E sim a mulher realizada
Com tudo que é me é mais raro e caro
Vísceras, sangue, ossos, pele e pelos
Sonhos, desejos, enganos e apelos
Inteira, nua, arrebentada, pouco amada
Frente e verso da minha poesia
Sem seu verbo: pura verborragia.

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